A Porto Editora prepara-se para se transformar no segundo grande grupo editorial no mercado português, a seguir à Leya.
Isto a confirmarem-se as informações a que o JN teve acesso e que garantem que a empresa nortenha se prepara para, na próxima semana (segundo o jornal "Público"), assinar o contrato de aquisição do Círculo de Leitores, da editora Bertrand e das suas chancelas associadas e, ainda, da rede de livrarias com o mesmo nome ao Direct Group (empresa do grupo alemão Bertelsmann).
Fonte da Porto Editora contactada pelo JN optou por se escudar no muito usual "não confirmo nem desminto o negócio". Já uma fonte da Bertrand admitiu que o negócio vai mesmo acontecer. O "Jornal de Notícias" sabe também que, face a essa eventualidade, alguns funcionários, a contrato, já terão optado por sair d e alguns sectores da Bertrand, convictos de que o grupo Porto Editora, com a capacidade organizativa que tem demonstrado, não necessitaria dos seus serviços uma vez feito o negócio.
A aquisição dos activos do Direct Group (onde se incluem 54 livrarias Bertrand, o clube do livro Círculo de Leitores e as editoras Temas & Debates, Quetzal, Bertrand, Pergaminho - com as suas chancelas Contraponto, Arte Plural, Gestão Plus) pela Porto Editora é mais um passo na concentração editorial em Portugal.
A concretizar-se o negócio, a empresa do norte, liderada por Vasco Teixeira, passará a ser o "segundo gigante" do mercado editorial português, a par da Leya, constituída em 2008 e que detém mais de 20 editoras. Em conjunto, as duas grandes empresas conquistarão uma quota de mercado que quase atingirá os 50%.